Faça uma pergunta ao profissional que passa cerca de 12 horas (ou mais!) sentado diante do computador: como está o corpo e a postura ao final da jornada de trabalho? Dor nas costas, nos ante-braços e uma sensação de pernas dormentes podem ser algumas das respostas convencionais. Imposições da vida contemporânea? Não, necessariamente. Basta escolher os assentos específicos para cada função, levando-se em conta o maior critério: a saúde.

Empresas da área de desenvolvimento de produtos investem pesado em pesquisa de novos materiais. A cada dia dedicam mais tempo ao estudo da ergonomia. Essa ciência alinha a interação humana com os sistemas à sua volta. O objetivo é torná-los compatíveis com as necessidades das pessoas. O Ministério do Trabalho, por meio da NR 17 (Ergonomia), estabelece parâmetros que criam condições de trabalho com conforto, segurança e desempenho eficiente.

O desafio é reunir bem-estar, sustentabilidade e resultado estético. Parece simples, visto que o desenho de uma cadeira compõem-se de um assento, encosto e dois pares de pés.

Mas, o que faz uma cadeira ser mais confortável que outra? Segundo o gerente de engenharia de uma indústria de assentos, o desenho ideal é aquele que alia ergonomia, antropometria – estudo das medidas do corpo humano -, além de seguir as normas da ABNT. “Para cadeiras de escritório, a norma NBR 13962:2006 especifica características físicas e dimensionais, bem como estabelece métodos para a determinação da estabilidade, resistência e durabilidade, em qualquer material”.

O que diz a norma?

De forma geral, a norma determina que as cadeiras operacionais, usadas em escritórios, devem ter a superfície do assento um pouco acentuada; borda frontal arredondada; regulagem de altura e de apoio lombar; base giratória, com pelo menos cinco pontos de apoio, providas ou não de rodízios. Os padrões para elaboração da norma baseiam-se para pessoas com peso até 110 Kg, com altura entre 1,51m e 1,92m, com uso por 8 hs ao dia.

Hoje em dia já houve um grande avanço no setor de compras públicas. Muitas concorrências já exigem produtos com certificação, de acordo com as normas brasileiras.

Cada vez mais os ambientes corporativos passaram a ter múltiplos usos. Sendo assim, salas de reunião, palestras e recepção devem seguir suas especificidades. No primeiro caso, são indicadas cadeiras de espaldar médio. Devem ser escolhidas de acordo com o tamanho do espaço e tempo de permanência no local. Para os ambientes destinados a treinamento e palestras são indicadas as longarinas, regidas pela norma NBR 16031 : 2012, caracterizadas por assentos múltiplos conjugados, sem fixação no chão, que permitem acomodar ao menos dois ocupantes. Requisitos de segurança, ensaio de durabilidade e aplicação de cargas são alguns dos itens que compõem o documento.

Já para áreas de recepção, onde o usuário ficará por pouco tempo, é possível inovar, apostando em modelos diferenciados e criativos.

Para locais de grande fluxo de pessoas, muitas vezes com espera prolongada, como aeroportos e rodoviárias devem ser usadas longarinas confortáveis, robustas e de fácil manutenção, além de possuir elementos de conexão entre os assentos para facilitar a reconfiguração dos ambientes.

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