Luz natural, liberdade e integração de espaços. O conforto nos ambientes de trabalho tem sido a diretriz básica dos mais modernos projetos de interiores para escritórios. Nestes casos o vidro entra como carro-chefe. Além de visar a  interação humana, funciona como elemento de ligação entre aqueles ambientes que exigem um pouco mais de privacidade e alguma separação mecânica.

“O vidro permite integração visual com privacidade acústica e distribuição de luz”, confirma o arquiteto Marcos Azevedo. Ele é vice-presidente administrativo da AsBEA e titular do Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa. “Também é bom suporte para imagens de comunicação visual das corporações e produtos, películas em cores, e importante elemento enriquecedor do lado estético do projeto”, completa.

Variedade de produtos

A indústria de divisórias piso-teto tem apresentado um leque de opções de produtos que vão dos modulares em perfis de alumínio, com vidros duplos, coloridos, serigrafados, persianas embutidas, tecidos entre vidros e até emoldurados em lâminas de madeira.

Em muitos casos, porém, é possível usar um simples blindex de vidraçaria, em perfis “U”. A solução é mais barata, mas pode não oferecer o nível de isolamento acústico normalmente exigido em projetos corporativos de alto padrão.

Dentre as soluções atualmente adotadas, uma é o vidro duplo, com câmara de ar interna entre as duas placas. A espessura de cada placa varia de acordo com o grau de privacidade acústica que se queira atingir.

Vidros

A opção pelo vidro simples, por outro lado, exige espessura mínima de 10 mm para que se obtenha o mesmo desempenho. “Apesar de parecer um vidro só, na verdade, o simples tem duas lâminas unidas por uma fina película, que garante mais estabilidade ao laminado”, explica o vice-presidente da AsBEA.

Marcos Azevedo afirma que a opção pelo laminado é mais segura, porque “se sofrer qualquer impacto, reterá as partes quebradas sem que os cacos se espalhem”, diz. “Na Europa, há laminados de até 18 mm de espessura.”

Outra característica dos sistemas modulares industrializados é que são removíveis. Normalmente são afixados em estruturas metálicas aparafusadas no piso e no teto. Isso que possibilita os espaços serem redesenhados a qualquer tempo. “Por ser um tipo de solução flexível, pode ser fabricada de acordo com o conceito de cada projeto, personalizado, inclusive quanto às cores (dos vidros e dos perfis), o que garante que o trabalho do arquiteto não fique engessado sempre ao mesmo layout”, diz Marcos.

Vidros Curvos

A arquiteta Gisele Conde, no entanto, sente falta de divisórias para vidros curvos. “Já usei uma vez, mas é preciso importar, e o preço é muito alto”, desabafa. Não é, porém, todo dia que se tem a oportunidade de trabalhar com um material de ponta. Tudo vai depender muito do estilo da empresa ou do cliente.

Mais comuns são as composições com o material, que pode até virar lousa para salas de reunião. Encomenda-se a pintura do vidro da divisória a frio, na cor branca. E, num passe de mágica, tem-se privacidade do espaço e a sensação de ser livre para rabiscar a “parede” o quanto quiser.

Por Giovanny Gerolla

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